É mais difícil matar um fantasma, do que uma realidade....

sexta-feira, 13 de junho de 2014

A carta que eu te escrevi :)

Ola...
E la se foi mais uma sexta feira 13 né? Pois é...
Já passaram anos que te escrevi...a ti...algures por aí....
Ultimamente tem-me perguntado sobre amores...sentimentos...sobressaltos...quem amei mais ou menos, como e quando e porque?...ah e tal...Dou por mim a pensar...como é possível amarmos mais ou menos, a,b,c ou d...não sei, já  tirei muitas lições desta ultima decada..mas não creio ter a resposta correta para esta questão..Mas acho que sei explicar...saberei?..
Não sei quem amei mais..sei certamente quem amei menos ou não amei...sei hoje muito bem a diferença entre amor, paixão assolapada e inconsequente, algo pura e exclusivamente físico, e o nada...o sentir nada...aquele nada que te entorpece o corpo..os sentidos e que quando sentes...só queres voltar permanentemente aquela dormência constante...
E aquela historia do amor da nossa vida? será que quem nos magoa daquele magoar mesmo bravo pode entrar no ranking? Por curioso que pareça já me perguntaram isso...e quanto tempo amamos enquanto sofremos?? Bem bem...O amor para mim depois de três décadas de vida já tem várias formas, intensidades e formas de se mostrar e sentir...mas sei...não amamos ninguém da mesma forma...
Hoje sei que amo e sou amada, como te amei e fui amada...mas nunca será igual, eu não te amei da mesma forma e não amarei mais ninguém assim, o que não significa que amei mais...amei de uma forma diferente,de uma forma mais expetante, menos controlada, menos madura e com mais entrega..Limei varias arestas pelo caminho e hoje em dia amo com menos expetativas, menos entrega e mais madura, pus ali umas coisas na balança....
Havias de ver a cara de uma amiga quando falávamos sobre ti  e lhe disse após algumas questões que te amaria para sempre...! Claro que sim..foste o único ser que se cruzou em toda a minha vida que num certo momento eu não tinha duvida alguma que ficariamos juntos numa relação linda e cor de rosa para sempre! Sempre sim, todo o sempre! Pois bem, não foi o caso...de todo, não sobreviveu a amizade, o respeito, o discernimento...foi um desaire que protagonizamos levados pelo calor das emoções e desgostos do momento e muito povinho a opinar, afinal, somos todos perfeitos quando se trata de aconselhar o vizinho do lado, é um fato
.Fui viperina saída da casca e tu cavaleiro branco caído do cavalo...enfim..faltava-nos ali uns anitos, principalmente a mim que tinha coisas a mais já para a minha idade e a minha camioneta e por algum motivo achei que queria muito mais atenção do que eventualmente até poderia suportar, raio de idades que temos de lá passar, era bom era saltarmos logo aqui po planeta Terra com a canção toda sabida...mas..tens que levar , cair e aprender, e podes continuar nesse ciclo vicioso ate atinares!! :)
Mas retornemos ao amar, outra amiga disse-me que se amar é como lhe descrevo, então nunca amou! Está certa disso! Não soube se havia de ter pena dela ou invejá-la....mas só demorei dez minutos a decidir :) Falávamos do sofrimento que causa a perna da/o tal que amamos, do quão arrebatadora é essa tristeza, quão desnorteante é essa amargura...e a dor? aquela dor como se te colocassem a mão dentro do peito e puxassem para fora o teu coração de uma vez...e quando cola as costas? detesto...fico ali a respirar pausadamente até passar, juntamente com as maravilhosas borboletas no estômago que entretanto já deram o ar da sua graça! Quando começas a chorar...o peito aperta...querias tanto gritar...e achas que nunca mais vais conseguir parar ou deixar de sentir aquilo...e o pior...quando achas que deves desistir...de respirar sem ele/a, de acordar sem ele/a, quando a culpa e o arrependimento se apoderam de ti e deixas de raciocinar com lucidez...e só queres dormir, não sentir, não acordar mais...Tive inveja dela nesse momento... muita...Daria, dou e darei eternamente tudo para não sentir aquilo...mas depois tive pena, primeiro porque sei, estou segura aqui no meu barquinho, que não tenho simplesmente capacidade para voltar a sentir tudo aquilo...não há Bis possível, e porque tive tantos mas tantos dias...meses...anos ...em que me senti tão amada, momentos que não trocaria por nada nada..o primeiro sorriso...a flor e o ramo...a francesinha..o olhar..o calor...a poesia...for better and for worse..a nova descoberta...o retorno da adolescencia...o mimo...tudo isso me trouxe a hoje..e hoje possuo riquezas impossiveis de avaliar...e amo muito, e sou amada! Sou por natureza uma criatura exigente com défice de atenção mas amo da forma mais ponderada e natural que jamais amei....Espero que também tu ames e sejas amado, um amor maduro, presente...eu guardo o nosso com carinho na musica..no vento...nos lugares* Até sempre!



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

S.......

Há muito tempoque não pensava em ti...Mentira...
Há muito tempo que não te sentia em mim...
Voltas e desvaneces, não como o vento..
Como uma tempestade...em horas...
Varres tudo ao redor...e pior...dentro de mim...
Há horas que pensava escrever-te, pensei em desistir...
E a ironia, saber que jamais lerás estas letras,
Foi o que as colocou hoje, aqui...
Passam dias, meses, anos...e fico certa que te deixei partir...
Passam pessoas, luas, estações... mas volto sempre a ter-te aqui...
Cravamos nossos nomes em versos, poemas, alianças, insultos até...
E ao cravar tudo isso não percebi...
Cravei o teu sorriso rasgado, o teu olhar esbugalhado...
Bem dentro, dentro de mim...
Desculpa, tive saudades, muitas saudades de ti...

Raquel Tavares

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Poderia...

Poderia dar...um  tudo, um tudo de nada, um nada de um  muito...
O que será um muito para quem não quer nada...ou não sabe quantificar o que quer....
Poderia ter...o mundo, se o mundo se resumisse ao meu tudo, e o meu tudo fosse apenas,
Um ser...
E dou um tudo, e tenho um ser...só não tenho o mundo, porque não se resume a esse simples querer....
Poderia olhar, profundo, ver num ápice a minha vida, decidir fazer dela derrota ou vitória,
batalha ganha ou perdida...
Poderia sonhar, sem limites, viver a vida sem trâmites, cair sem medo...fechar os olhos, e deixar-me ir...flutuar, sem recear o que me espera ao aterrar...
Posso pedir, sem demora, que alguém, algures...por aí fora...aceite o que tenho para dar sem temer, posso dar voluntariamente e viver, posso ser recompensada, com o gesto voluntário de quem me quiser bem...
Posso parar, e não dar tudo, não viver o momento pelo seu todo, e a entrega de mim não ser total...
Posso fazer tudo isso, sem hesitar, mas quero que ao fazê-lo, no final, ainda seja eu mesma...
Posso dar um tudo, ser um nada, mas ser eu, que jamais a minha entrega, seja infundada...
E sim, valer o nada que é tudo, sempre que der de mim, e que o que dou seja unico, porque é meu...e eu quero sentir....assim.
E quem tenha o que dou de mim, valorize, porque é meu, porque não posso dar a lua, a terra ou o céu, mas o que entrego é genúino...é meu....*

Raquel Tavares

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fim.

Dizem...tudo o vento leva....e levou...baixinho.....em surdina...
Quero ficar só...num cantinho, bem pequenino...
Quero tirar todos os olhos de mim...nada significam, eram os teus...
Deixem-me chorar baixinho...que caiam lagrimas sem um ruído...
De repente, sou pequenina...algo impensável, nesta altura, depois desta vida...
Deixem-me ficar quietinha, para que nada me doa, nada me queime
Para que feche a ferida...
Realmente a ignorância, a ilusão, a impulsividade, não tem idade...
Que inocência acreditar que nos controlamos, que nos limitamos...
Quero respirar fundo...afinal, eu sou dona de mim...mais do que ninguém, fui e serei sempre.
Já não me lembrava que doía, como doía, porventura já nem me lembrava que sentia...
Bem, pelo menos aínda sei que sinto, que não morreu tudo cá dentro....
É como dizem, tem que morrer algo, para que algo nasça....
Agora, só quero mesmo ficar quietinha....

Raquel Tavares

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Vida...

Voar, voar com o vento...
Descer á terra e repousar...em teu corpo...
Como um alento....

Saltar, saltar com alegria...
Fazer do eco uma poesia, de letras soltas
Uma melodia...

Remar, remar contra o tempo...
Viver o tudo, em um só momento
Criar alegrias, destruir sofrimento...

Acaricíar, acaricíar com ternura...
Tornar um simples toque, num acto de pura
Pura loucura...

Sonhar, sonhar sem medo...
Fazer uma porta para a tristeza, de um rochedo
Mesmo sofrendo...

Ser louca, mesmo de viva loucura...
Criar em devaneios um misto de ternura
Que perdura...

Ser minha, ser simplesmente tua...
Tornar uma fé, numa crença
Que o tempo, o tempo...
Tudo cura...

Desabafo.

Não vou escrever um poema...talvez, um desabafo?...
Gostaria de saber...o que serei para ti? Um ponto de viragem...mais um ponto de passagem?...Talvez...
Não....não há talvez...há certezas...sim....só um ponto de passagem...jamais um ponto de viragem.
Deveria haver uma máquina do tempo...deverias conseguir ouvir cá dentro...sons que os ouvidos não conseguem ouvir...neste momento...lamentos que não sei expressar...
Queria dizer-te baixinho...que estaria para sempre, que quando não estás, de mim mesma estou ausente...
Será tão difícil sentires?...Não...simplesmente não queres....simplesmente não tenho direitos...nem deveres...
Agora sei...não sabes ler os meus olhos, não sabes entender os meus gestos...não me conheces afinal...e eu jamais te conhecerei...
Esquecer-te? Não...o bom, nunca esquecerei...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Queria....

Queria...queria poder...
Queria poder amar....amar sem me conter...
Queria saber amar...amar-te sem te ter....
Queria chorar ...sem temer...
Queria deixar...deixar de sentir...
Queria deixar-te....deixar-te partir....
Queria arrancar-te....sem piedade....
Não sentir o vazio...a imensidão...a maldade....
Queria esquecer...queria que tudo pudesse....desvanecer....
Queria poder....poder explicar.....
sem mal entendidos...sem tormentas....sem lugar...
Queria não te querer...sem hesitações....sem mágoas....
Simplesmente....
queria poder.....